Que destino costuma dar aos resíduos orgânicos de sua casa, tais como cascas de frutas e legumes ou resíduos do seu jardim? Se a sua resposta for “deitar fora”, está na hora de pensar em ser mais sustentável e começar a ponderar fazer compostagem.
Neste artigo, explicamos-lhe o que é a compostagem e como funciona, por que razões deve fazê-la e que destino pode dar ao resultado final. Ora leia!
A compostagem é uma técnica de reciclagem natural, que consiste na transformação de resíduos orgânicos (ou seja, restos de frutas, legumes e outros alimentos, bem como folhas, troncos e outros resíduos de jardim) num fertilizante natural para os solos.
Essa transformação acontece por ação do oxigénio e de microrganismos que se alimentam dos resíduos biodegradáveis, produzindo um material escuro, semelhante a terra.
A compostagem é uma ótima forma de reduzir a quantidade de lixo que produzimos em casa. Se recicla vidro, papel, plástico, pilhas, eletrodomésticos, etc., porque é que coloca os restos dos alimentos e os resíduos do jardim no lixo comum?
A compostagem, sendo um processo relativamente fácil de realizar, apresenta, assim, vários benefícios (sobretudo para o meio ambiente):
A recolha de lixo orgânico é cada vez mais uma preocupação política, havendo já vários municípios com projetos nesse âmbito (aliás, até 2024, será obrigatório que todos os Estados-Membros da União Europeia juntem aos ecopontos azul, amarelo e verde o ecoponto castanho, destinado à reciclagem de resíduos biodegradáveis). Porém, se este não é o caso do município onde reside ou até se tem um jardim e quer poupar na compra de fertilizantes (ao mesmo tempo que gera um produto de maior qualidade e mais amigo do meio ambiente), poderá pensar em iniciar o seu próprio processo de compostagem.
Explicamos-lhe como.
Para iniciar o seu processo de compostagem doméstica, não são precisos muitos materiais: no fundo, irá necessitar de um recipiente próprio (como uma caixa de compostagem), resíduos ricos em carbono, resíduos ricos em nitrogénio e água.
Além disso, será bom também ter dois recipientes onde possa separar os dois tipos de resíduos, já que estes não deverão ser colocados diretamente na caixa de compostagem (uma vez que, como adiante explicaremos, existe uma técnica própria para que os resíduos se transformem em composto).
Os resíduos da cozinha e os do jardim são aqueles que pode e deve usar para produzir o seu composto (é este o nome do produto resultante da compostagem). Mas atenção, nem todos os resíduos provenientes destes locais podem ser utilizados! Vejamos, então, o que deve deixar de colocar no lixo comum e passar a compostar:
A única “ciência” que existe por detrás do processo de compostagem está relacionada com a dimensão dos resíduos e as suas proporções. Assim, para fazer compostagem corretamente deve:
Após algumas semanas ou meses, desde o início da compostagem doméstica, poderá colher os primeiros frutos deste processo, que é como quem diz, começar a utilizar o composto. E como saber que está pronto? É simples: basta verificar se o resultado já se assemelha, em cor e cheiro, a terra escura, fresca e com poucos ou nenhuns pedaços de resíduos visíveis.
Em caso afirmativo, terá em sua posse um produto rico em nutrientes que poderá utilizar para fertilizar o seu jardim ou a sua horta e até mesmo plantas que tenha em vasos, dentro ou fora de casa:
As suas plantas vão agradecer e o meio ambiente também!