A Aloé vera é descrita desde tempos ancestrais como uma autêntica dádiva da natureza. O leque de benefícios associados a esta planta mágica são vastos: do fortalecimento do sistema imunitário ao combate a infeções, passando pelo retardamento do envelhecimento ou o tratamento de irritações na pele. Por esse motivo, este ingrediente tornou-se protagonista de uma série de cremes, loções, produtos capilares, géis de banho, suplementos alimentares e até produtos de uso veterinário.
As propriedades terapêuticas desta planta são conhecidas há, pelo menos, 6.000 anos. Segundo um artigo publicado no Journal of Humanities and Social Science, a Aloé vera, que era conhecida pelos antigos egípcios como a “planta da imortalidade”, era oferecida aos faraós defuntos, para os acompanhar na sua viagem até ao outro mundo.
A título de curiosidade, os soldados de Alexandre, o Grande, levavam para a guerra cremes feitos com Aloé vera, como medicamento de primeiros socorros. Também Aristóteles terá convencido Alexandre Magno a conquistar a ilha Socotra por saber que aí abundava quantidade suficiente desta planta para tratar as feridas dos guerreiros. Mais recentemente, na II Guerra Mundial, alguns sobreviventes às explosões atómicas de Hiroshima e Nagasaki utilizaram a Aloé vera para tratar as queimaduras. Mas afinal, de onde vêm estas suas propriedades analgésicas e cicatrizantes?
A Aloé vera é originária do Sudão e caracteriza-se pelas suas folhas carnudas e pontas serrilhadas. A sua suculência permite-lhe armazenar água durante o tempo seco, fechando os poros para evitar a perda de humidade. O gel extraído é, assim, um poderoso aliado na hora de limpar, hidratar e nutrir a pele.
Segundo um estudo do Indian Journal of Dermatology, esta planta é constituída por cerca de 75 componentes ativos que beneficiam a saúde e a pele, entre os quais:
Contém antioxidantes como as vitaminas A, C e E, que neutralizam a ação dos radicais livres . Conta, também, com vitamina B12, necessária para a produção de glóbulos vermelhos no sangue.
A Aloé vera contém oito enzimas importantes, com particular destaque para a bradykinase. Quando aplicada na pele de forma tópica, esta molécula ajuda a reduzir a inflamação. As restantes enzimas são úteis no processo digestivo, ajudando a quebrar as moléculas de gordura e açúcar.
Esta planta fornece uma grande quantidade de minerais, como cálcio, magnésio, potássio, sódio, ferro ou zinco. Segundo a Direção-Geral da Saúde, os minerais contribuem decisivamente para a regulação da atividade celular e mantêm a atividade muscular e nervosa.
A Aloé vera contém 20 dos 22 aminoácidos necessários ao corpo humano - compostos importantes no transporte de nutrientes e oxigénio e na produção de anticorpos. Também possui ácido salicílico , que tem propriedades anti-inflamatórias e anti-bacterianas.
Sabe-se que Cleópatra tinha o costume de utilizar o gel Aloé vera nos seus rituais de beleza, de forma a proteger e regenerar a pele do abrasivo sol egípcio.
Os especialistas afirmam que a Aloé vera teve origem no Sudão, sendo que mais tarde acabou por ser introduzida em várias partes do globo com um clima quente - em especial nas zonas mais secas de África, Ásia, Europa e América.
Os antigos egípcios já conheciam os dons regeneradores e curativos da Aloé vera. A planta era referenciada como um autêntico elixir da juventude e chegaram mesmo a ser encontrados desenhos seus na tumba de alguns faraós.
A indústria da cosmética tem vindo a fazer uma ampla utilização das propriedades da Aloé vera. Hoje é possível encontrar protetores solares e loções after sun, champôs e amaciadores, removedores de maquilhagem, produtos anti-acne, desodorizantes, cremes de barbear, entre outros. Para já, ainda não é muito comum encontrar a planta em produtos de maquilhagem.